Em janeiro de 2018, nós conseguimos juntar mais 6 mil cariocas para tentar derrubar o polêmico Projeto enviado pelo prefeito Marcelo Crivella para aumentar o IPTU do Rio. Cercado por polêmicas, o PL acabou sendo aprovado na Câmara dos Vereadores, o que acarretou em um aumento de mais de 300% no valor da cobrança em algumas áreas da cidade. Apesar de não termos conseguido barrar o aumento, foi graças a pressão do Meu Rio que conseguimos adiar a votação e mostrar aos vereadores e vereadoras do Rio que eles podem ter muito poder, mas nós estamos bastante organizados.



Fevereiro de 2018 foi um mês agitado no Rio. Na quarta-feira de cinzas, uma enorme chuva caiu na cidade, deixando vários bairros alagados e pessoas desabrigadas. Na ocasião, o prefeito não estava na cidade e designou os Secretários Pedro Fernandes e Paulo Messina para darem conta do problema. Nós do Meu Rio fizemos uma grande campanha de solidariedade para arrecadar mantimentos e móveis para quem perdeu tudo na chuva. Este mês também foi marcado pelo início da intervenção federal na cidade, depois de um decreto legislativo do Presidente Michel Temer.



Em março, a vereadora Marielle Franco (PSOL) foi brutalmente assassinada. Apesar dos avanços das investigações, até agora temos poucas respostas sobre o crime. Mesmo com a dor desta tragédia, mostramos que o legado de Marielle não será dizimado com balas! Então, nos juntamos com a equipe que trabalhava em seu mandato para que sete projetos de autoria da vereadora fossem votados na Câmara. Cinco meses após sua morte, cinco propostas já haviam sido aprovadas e três sancionadas. Estas vitórias são muito importantes, mas não diminuem a dor da nossa perda. Vamos continuar exigindo respostas sobre este crime!



Os maiores empresários de ônibus do Rio de Janeiro foram presos em 2017 e, na sequência, uma CPI foi instaurada na Câmara para investigar os esquemas do transporte público no Rio. Nós do Meu Rio fizemos, ainda em 2017, uma campanha para que os trabalhos da CPI se estendessem até 2018, e alcançamos nosso objetivo. Entretanto, em abril deste ano, saiu o relatório final da CPI, que contava com, pasmem, apenas dez páginas (!!!). Sabendo da polêmica que estava por vir, o vereador Rogério Rocal (PTB), relator da Comissão, se escondeu no banheiro no final da sessão para não falar com a imprensa. A CPI terminou em pizza e os vereadores mais uma vez perderam a oportunidade de abrir a caixa-preta dos ônibus.



Em maio, o prefeito Marcelo Crivella completou 1/3 de seu mandato, colecionando polêmicas, mancadas, viagens, algumas promessas cumpridas, e - sobretudo - pouca participação popular. O Meu Rio entrou nessa ação para mostrar tudo que rolou ao longo desses primeiros 500 dias de governo, como o aumento do IPTU; o corte nas verbas do carnaval; a controversa nomeação de seu filho; entre outros, por entender a importância de cobrar melhorias e transparência da atual gestão. Que a cidade continua um caos e que o prefeito Marcelo Crivella vem sendo omisso, todos sabemos, mas queremos acreditar que ainda há tempo para essa história de horror mudar o rumo.



No mês de junho, o prefeito Marcelo Crivella cedeu à pressão das empresas de ônibus e aumentou a passagem para R$ 3,95. Como contrapartida, Crivella prometeu refrigerar 100% da frota de ônibus do Rio até 2020. Além disso, o prefeito também divulgaria um suposto “cronograma sagrado”, onde explicaria em detalhes como esse processo de refrigeração seria feito. Como é de costume, essa ideia ficou só no papel, e mais de mil cariocas se juntaram para exigir um transporte melhor e mais transparente. Infelizmente, mais uma vez os favores obscuros levaram a melhor, mas não vamos descansar até conseguirmos construir uma cidade mais democrática e transparente!



No mês de julho, o Meu Rio lançou uma campanha para acabar com o fornecimento de canudos de plástico nos bares e restaurantes da cidade. Milhares de pessoas pressionaram o vereador autor do Projeto, Dr. Jairinho (MDB), para colocá-lo em votação. Em tempo recorde, apenas uma semana, o PL foi aprovado nas duas discussões na Câmara Municipal. Assim, o Rio se tornou vanguarda no tema, sendo seguido por outras cidades como Santos, Vila Velha e Londrina. Em setembro a lei sofreu uma reviravolta, já que os vereadores Thiago K. Ribeiro (MDB) e Marcelo Siciliano (PHS) apresentaram um novo projeto nos mesmos moldes, mas que poderia abrir um novo precedente para a volta dos plástico. Após nova pressão, os termos "plástico" e "oxibiodegradável" foram banidos da redação do projeto e a lei continua!



Quem não se lembra da Márcia?
Em julho deste ano, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, passou por uma situação constrangedora: o vazamento de um áudio em que o prefeito oferecia, supostamente, vantagens para pastores e fiéis de sua igreja na marcação de cirurgias na rede municipal de saúde.
A cidade virou de cabeça para baixo, e rapidamente os vereadores suspenderam suas férias para votar o impeachment do prefeito. Sabendo que essa não era a primeira nem a última vez que figuras políticas importantes da nossa cidade seriam pegas misturando interesses públicos e privados, no mês de agosto conseguimos juntar mais de 10 mil assinaturas pela aprovação de um Projeto de Lei que exigia a digitalização da fila da saúde pública no Rio. Um mês depois, o Projeto foi aprovado e sancionado pelo prefeito \o/




Em setembro a gente se jogou na campanha #SomosCria em parceria com três cursos pré-vestibulares de diferentes regiões do Rio de Janeiro - Bangu, Parada de Lucas e Santa Cruz. Nossa meta era arrecadar R$ 30 mil para esses cursinhos, e fazer com que o fim de ano deles - data em que os alunos devem estar compenetrados no ENEM e outros vestibulares - pudesse ser um pouco mais tranquilo. O resultado não poderia ser melhor: em apenas duas semanas conseguimos ultrapassar a meta inicial e chegamos a R$ 34 mil arrecadados. Foram mais de 400 pessoas apoiando os jovens periféricos e garantindo a possibilidade de um futuro melhor para cada um deles.




As eleições de 2018 chegaram, e bastante coisa mudou!
Além da eleição do ex Juiz Federal, Wilson Witzel, para o governo do estado, a Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro teve a maior taxa de renovação dos últimos anos, chegando a 51,42%. Uma outra novidade foi o crescimento da bancada do PSL - partido do novo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. Elegendo 13 deputados estaduais, o partido se tornou a maior bancada da Alerj.
No total, 12 mulheres foram eleitas deputadas, e em relação à autodeclaração étnica, quatro parlamentares se declararam negros, 19 pardos e 47 brancos.
O novo mandato dos parlamentares começa no dia 1º de fevereiro de 2018 e o Meu Rio vai acompanhar esse trabalho. Vale destacar que seis dos eleitos estão presos e têm posse incerta.




No dia 8 de novembro, dez deputados receberam ordem de prisão pela Polícia Federal na Operação Furna da Onça: André Correa (DEM), Chiquinho da Mangueira (PSC), Coronel Jairo (MDB), Luiz Martins (PDT), Marcelo Simão (PP), Marcos Abrahão (Avante) e Marcus Vinícius “Neskau” (PTB). A prisão foi um desdobramento da operação Cadeia Velha, que em novembro de 2017 prendeu o presidente da Alerj, Jorge Picciani e os deputados Paulo Melo e Edson Albertassi (todos do MDB).
Algumas das acusações envolviam lavagem de dinheiro e loteamento de cargos públicos. Integrantes do Executivo e alguns assessores dos deputados também foram presos. No fim do mês, foi a vez do governador Luiz Fernando Pezão ir para a prisão.




Um projeto de lei estava tramitando na Câmara para dar fim à isenção do ISS (Imposto Sobre Serviço) aos empresários de ônibus. Enquanto a maioria dos contribuintes paga entre 2% e 3% do imposto, os donos dos ônibus pagam 0,01%. Essa isenção ocorre desde 2010, mas as tarifas continuaram aumentando e ainda há veículos sem ar condicionado. Mais de três mil pessoas pressionaram os vereadores a aprovarem o projeto, e conseguimos um fato histórico: aprovação por unanimidade na casa legislativa numa pauta de transportes. O projeto já está nas mãos do Crivella que tem até o dia 11/01/2019 para sancionar ou vetar essa lei que pode trazer cerca de R$60 milhões a mais por ano aos cofres públicos.



Como você viu, a gente trabalhou muito em 2018 e em 2019 a gente quer fazer ainda mais! Teremos uma nova legislatura no governo do Estado e na Alerj e, para acompanhar tudo o que vai rolar, a gente vai precisar muito da sua ajuda!

O Meu Rio é uma organização apartidária e independente: não recebemos dinheiro de partidos políticos, governos, empresas públicas e concessionárias de serviço público. Temos uma equipe que se dedica diariamente a fiscalizar e cobrar os políticos da nossa cidade para impedir absurdos e garantir que as demandas da população sejam ouvidas. Somos apaixonados pelo Rio e estamos muito empolgados para continuar fazendo acontecer :)

Por isso, contamos com você. Faça sua doação e vem com a gente por uma cidade mais justa, inclusiva e participativa <3








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